A questão é que o Visto EB5 acabou caindo como uma luva para os brasileiros que querem investir e morar nos EUA. Através dele, tanto o investidor quanto cônjuge e filhos menores de 21 anos têm os mesmos benefícios que os demais residentes legais, ainda que não seja uma concessão de cidadania, o que só ocorre com o Green Card. No entanto, vale a pena conhecer mais de perto o Visto EB5 se você está buscando mais qualidade de vida e um investimento em moeda forte, que blinde seu capital contra as reviravoltas da economia. Veja como funciona o Visto EB5 e aproveitar todos os seus benefícios para começar uma nova vida.
Como funciona o Visto EB5
O Visto EB5 pressupõe um investimento mínimo de US$ 500 mil que pode ser feito por pessoa física ou jurídica. Neste último caso, as empresas brasileiras podem, por exemplo, levantar recursos para subsidiárias, afiliadas, joint ventures, branchs ou holdings abertas nos EUA. Assim, o EB5 funciona como uma espécie de expansão do mercado ainda bem mais barata do que as taxas praticadas tradicionalmente no mercado financeiro. Uma das exigências, para ambos os casos, é que o novo empreendimento gere pelo menos 10 novas vagas para residentes legais ou americanos nativos por um período mínimo de 2 anos. Outra exigência é que esse investimento seja feito em uma das chamadas TEAs. O governo americano considera uma TEA as áreas rurais e/ou cujo nível de desemprego esteja 150% acima na média nacional. Também é possível investir em área que não são consideradas TEAs, mas nesse caso o valor sobre para US$ 1 milhão.
Como fazer o investimento
O Visto EB5 prevê duas formas de investimento.
Investimento direto
O investimento direto, é aquele em que o próprio investidor constitui um novo negócio comercial. Nesse modelo, é ele mesmo quem deve administrar e gerir o negócio gerando 10 empregos diretos para residentes legais por pelo menos 2 anos. Nessa conta, não entram o cônjuge nem filhos e ele deve morar próximo ao empreendimento. Como nesse caso o investidor é também o dono do negócio, ele deve mantê-lo ativo durante todo o período da aplicação. Apenas no quinto ano ele poderá ser negociado, optando por outro tipo de atividade. No entanto, o valor da negociação vai depender do sucesso alcançado até então, sem garantia de recuperação do total investido.
Investimento indireto
No modelo de investimento indireto o aporte deve ser aplicado em um dos empreendimentos disponibilizados pelo próprio governo americano para o programa. Nesse caso o Visto EB5 oferece uma vasta variedade de modelos e setores. Alguns dos mais procurados vão desde a construção de shoppings, resorts, hotéis, estádios esportivos e torres comerciais e residenciais, até a concessão de rodovias, por exemplo. O modelo é considerado indireto porque, nesse caso, o investidor não fica atrelado à construção ou administração, que fica a cargo do desenvolvedor do negócio. Por outro lado, os 10 empregos gerados podem ser diretos, indiretos ou induzidos, também pelo período mínimo de 2 anos. Aqui, diferentemente do modelo direto, o investidor não precisa morar perto do projeto, tendo qualquer cidade à sua livre escolha para viver com a família. Se o investidor contar com uma boa consultoria, no quinto ano o valor aportado deve estar sendo retornado. Hoje o investimento indireto responde por 95% dos pedidos realizados no programa.
Benefícios do Visto EB5
De acordo com o Departamento de Imigração dos Estados Unidos, em 2017 o Brasil foi o terceiro país do mundo com o maior número de pedidos aprovados, sendo concedidos 282 Vistos EB5. O número significa um aumento de 88% em relação ao ano anterior, quando foram concedidos 150 vistos. Por outro lado, em 2018 o Brasil bateu record de recebimento de vistos permanentes através do Visto EB5: 388 Green Cards, 37,5% a mais do que 2017 e 1.041% a mais do que em 2015. Ter mais facilidade em pegar o Green Card é apenas um dos benefícios. O EB5 oferece várias outras vantagens para o investidor e sua família, como:
- Direito de trabalhar e exercer atividades remuneradas como qualquer americano nato. É possível, por exemplo, trabalhar e estudar ao mesmo tempo, o que não é permitido para quem tem apenas o visto de estudante;
- Direito de estudar em escolas públicas americanas no nível básico e intermediário, além de ter à disposição as mais renomadas universidades com descontos de até 80% em relação a quem tem o visto de estudante (F1);
- Viver em um país de moeda forte, com mais segurança e acesso a bens e serviços de primeira linha a um custo de vida relativamente barato;
- Utilizar o sistema de financiamento para comprar bens de consumo móveis e imóveis a um baixíssimo custo.
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