No momento da compra de imóvel, há diversos fatores dos quais o comprador deve tomar conhecimento. Dentre eles, saber em quanto está a taxa Selic tem grande destaque, pois este fator possui grande influência sobre os juros e, consequentemente, o valor a ser pago no financiamento do apartamento!

O que é a taxa Selic? Como é determinada?

A taxa Selic é a referência dos juros no Brasil. É ela que serve de base para investimentos de renda fixa e, claro, operações de crédito como o financiamento de imóveis. Nos últimos seis anos, o movimento foi de queda da taxa básica de juros e, como consequência, ficou mais barato financiar a casa própria.

Como as alterações na taxa Selic afetam a procura por imóveis?

De modo geral, a alta não é um sinal de encarecimento imediato do crédito imobiliário.

Também há um consenso de que é um bom momento para comprar a casa própria. Primeiro porque as taxas de juros do crédito imobiliário continuam na mínima histórica, a partir de 6,25% ao ano, nas linhas com correção monetária pela Taxa Referencial (TR), hoje zerada. Segundo porque o mercado imobiliário, que vinha estagnado há quase quatro anos está em rota de aquecimento, e isso tende a elevar o preço dos imóveis.

A alta recente da Selic agora pode até ter um efeito oposto ao aumento das taxas

Mais importante que olhar para Selic de curto prazo, é olhar para as taxas de médio e longo prazo, de cinco e dez anos, que estão justamente em queda, principalmente depois do aumento da Selic.

O crédito imobiliário é uma modalidade de longo prazo, em que os contratos demoram até 35 anos para terminar. Por isso, as instituições avaliam não só a taxa de juros do momento da concessão, mas como esses juros devem se comportar mais para frente. As taxas de prazos médios e longos tiveram queda na última semana. O movimento pode ser monitorado por meio das negociações de contratos DI de juros futuros negociados na B3, bolsa de valores brasileira.

Do ponto de visto histórico, estamos num momento favorável ao financiamento. Daqui a alguns meses, mesmo que suba um pouco a taxa, vai continuar favorável. Mas, claro, a decisão depende também o momento da pessoa, da capacidade de renda e do futuro dela e do país

Com a alta da Selic e a manutenção das taxas atuais de crédito, ao menos no curto prazo, cai a diferença entre o custo do banco para captar dinheiro e o que ele lucra ao emprestar para você. Essa diferença é o que o mercado chama de spread, que é a forma que o banco ganha dinheiro com essas operações.

Apesar da queda spread, os bancos estão longe de ficar no prejuízo com a Selic a 2,75% ao ano. A maior parte da captação do crédito imobiliário vem da poupança. Ao utilizar recursos de poupança, os bancos pagam 70% da Selic ao ano (cerca de 1,93% ao ano) para dispor do dinheiro e emprestá-lo a taxas de em média 6,96% ao ano. Tem lucro aí.

É claro que, uma invertida de cenário, pode acontecer. Mas é mais improvável que os preços voltem a cair no curto prazo. Desde o ano passado, mesmo durante a pandemia, o mercado imobiliário vem mostrando sinais de recuperação depois da estagnação e queda de preços vista de 2017 a 2019. E a expectativa de quem está no setor é que ele volte a brilhar e se valorizar.

Se você já decidiu que vai comprar um imóvel, é importante pesquisar as melhores condições e fazer simulações para deixar o planejamento financeiro afiado.

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